Não são poucos os brasileiros que querem ter uma experiência de estudos na Europa. Do ponto de vista profissional, é uma excelente ideia, já que os cursos feitos no exterior valorizam muito o currículo. Além disso, muitas universidades europeias têm preços acessíveis e algumas delas são até gratuitas. Mas um dos principais motivos também é a possibilidade de obter um visto de estudante e conseguir morar legalmente em um dos países da União Europeia, com a chance de conseguir um emprego e uma situação permanente de moradia. Muitos candidatos a estudantes, porém, não têm os recursos financeiros suficientes para essa viagem – além dos custos escolares ou universitários, é preciso arcar também com outros gastos fixos como aluguel, transporte e alimentação.
A solução para este problema pode estar em uma bolsa de estudos. Pode parecer um plano distante e inalcançável, já que no Brasil a cultura do estudo subsidiado não é tão difundida quanto na Europa. Por mais que seja burocrático e trabalhoso, conseguir uma bolsa não é exatamente difícil. Existem muitas bolsas parciais e totais para pessoas de diversos perfis; gente que tem um currículo muito bom, gente que vive em países em desenvolvimento, gente que pertence a categorias profissionais ou sociais específicas. Há um mundo de oportunidades, o importante é saber pesquisar.
No Brasil, existem pelo menos três instituições que concedem bolsas de estudo para estudantes aprovados em boas universidades no exterior: a Fundação Estudar, o Instituto Ling e a Fundação Lemann. Esses programas são mais tradicionais e antigos no Brasil, e têm processos de seleção bem rigorosos, mas que concedem muitas bolsas para brasileiros. Essas seleções incluem análise de currículo, entrevista e também olham qual o propósito profissional e pessoal dos candidatos. Eles querem entender a diferença que cada pessoa quer fazer no mundo e na sociedade, e ser um agente de mudança conta muito.
No exterior, existem muitas opções de bolsas para brasileiros. Muitos países, como a Holanda e a Alemanha, têm programas específicos para brasileiros, e outros países acabam colocando o Brasil em uma lista de países em desenvolvimento cujos estudantes estão aptos para receber ajuda. Para os brasileiros de dupla nacionalidade, as oportunidades também são em dobro: vale a pena pesquisar por bolsas no país onde você tirou o passaporte europeu.
Também há bolsas de governos municipais ou regionais. Apenas para dar um exemplo, a cidade de Hospitalet de Llobregat, ao lado de Barcelona, tem um programa em que concede mais de 300 bolsas de formação, especialização e mestrado, e que está aberto a estrangeiros.
A ideia desses países que concedem bolsas não é só ajudar os estudantes, mas também a atrair pessoas com visões de mundo, talentosas e com ideias inovadoras para as universidades deles. Não se trata de caridade, mas de incentivo e valorização da diversidade.
As universidades também têm seus próprios programas de bolsas, e é normalmente fácil de encontrar informações sobre elas no site de cada instituição. As boas universidades investem muito em bolsas de estudo para pessoas com perfis mais difíceis de encontrar, ou que tenham uma história de vida que realmente traga um aprendizado para a turma.
Boa sorte na sua busca!