Março, mês em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher.
Há tantas décadas viemos lutando por liberdade, reconhecimento, respeito e igualdade.
Dizer não tem sido a nossa maior defesa. Não ao abuso, à violência doméstica e ao preconceito. Não à imoralidade, ao machismo e ao feminicidio. Um grito de basta que não terminou apenas porque garantimos o direito de votar em 1932.
E que não começou no dia 8/3/1857, o primeiro de muitos dias de memória das mulheres que queriam seus direitos garantidos.
Em pleno século 21 ainda temos que lutar para que seja feita a justiça, não só a divina, mas também a dos homens
No Brasil, a mulher é lamentavelmente vista como submissa, como a que serve, como a que cuida e que alimenta os desejos promíscuos, como o “sexo frágil”. Aqui na Europa existe uma igualdade de gênero mais visível no dia a dia. Mulheres conduzindo trens, táxis, ônibus, à frente de grandes empresas, de importantes programas de comunicação e de poderosos partidos e cargos políticos. A “briga” aqui é pela igualdade salarial, que ainda é um fator discutível.
Algo simples e que me chama bastante atenção, e que vejo muito aqui na Espanha, é a quantidade de pais levando os filhos para passear nos parques à tarde. A figura paterna é bem presente no ambiente doméstico e familiar, algo que nos países menos desenvolvidos ainda não se nota tanto.
Gardênias, Amapolas, Jasmines, Hortências, Rosas, um jardim inteiro em união para que se faça valer não só a liberdade de expressão. Estamos juntas, não só em vestimentas, pensamentos, sentimentos, mas por um mesmo objetivo.
Que não sejamos apenas beleza, perfume e aroma.
E sim flores de poder em que o processo é nascer, crescer, florecer e permanecer.
Que a “ordem e progresso” sejam sempre estrelas reluzentes em nosso punho.
Que tenhamos sempre um “más allá” a oferecer.
Feliz “todos os dias” das mulheres.
Escrito por Ellen Cristina